Como eu fui capaz de tamanha crueldade? Não era isso que eu queria... Quando te falei tudo aquilo, não menti, foi pura verdade. Não pretendia com isso mostra a você um sentimento de arrependimento, pois não é isso que sinto.
Acabei por descobrir que o que sinto é puramente amor! Simples e claro, que nada mais pede, amor que de nada mais precisa. Apenas existe e resiste, apesar dos meus desenganos.
Nos conseguimos ser tão diferentes que as vezes não entendo nenhuma palavra do que você diz. Eu não faria você feliz, não por não querer, mas por não ser capaz. Sua felicidade difere da minha em intensidade e constância. Eu poderia sim te conceder momentos inesquecíveis, mas não uma vida feliz! Não a vida que você sonha, faz questão de me contar e com isso sempre me assusta, me afasta. Tenho medo de errar. O fato é que sempre erro, principalmente com você, apenas pelo fato de ser como sou.
Mesmo eu não me perdoando pela dor que te causei nesse momento consigo enxergar que foi o melhor! Só a raiva pode curar um amor sem apaga-lo. Meu coração está sangrando, minha garganta com um nó. Tenho uma vontade imensa de gritar e ti dizer que não, na verdade que sim, que aceito ser a sua mulher do jeito que você sempre quis, mas eu não sou essa mulher que você enxerga e você não é o homem que eu esperei que fosse!
Nessa seqüência de expectativas diluídas em lagrimas acabamos sós e agora sem a certeza de amor eterno, sem a confiança de que mesmo de longe teríamos um ao outro. É uma pena.
Eu não quero mais ter ver. Não conseguiria olhar nos teus olhos sem querer matar a sede da tua boca e sussurrar no teu ouvido o quanto te amo, pois sem ter a mínima pretensão de continuar do teu lado eu fugiria e você mais uma vez ia me odiar. Ainda não consigo entender o que sinto. Mas enxergo com clareza que o futuro que eu via do teu lado era escuro simplesmente porque nunca existiu.
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