Aprendi a amar esperando sempre o melhor, confiando acima de tudo e idealizando minha vida em torno do meu amor. Isso no começo me deu confiança e segurança de que tudo seria eternamente perfeito.
Por um tempo funcionou amar assim, mas com o passar dos dias, meses e anos, de tanto fazer planos em relação a ele esqueci das coisas que eu realmente queria e quando me dei conta não tinha feito nada e nem ao menos sabia quem eu era. Isso me fez jogar toda a minha frustração em cima do outro e ele as dele em mim. E a culpa mata o amor, a cobrança torna a presença cansativa.
Eu era apenas uma criança, uma menina de coração bom, cheia de esperança, não só na vida e no amor, mas também num mundo melhor. Só que um dia, não tão belo, descobri que a perfeição não existe, eu mesma errei tantas vezes tentando acertar. Que o “pra sempre, sempre acaba”, amor não é eterno, no máximo “infinito enquanto dure” e mesmo assim pra durar tem que ser discutido, conquistado e perdoado inúmeras vezes. E que no geral a índole da humanidade é má, deixei de confiar em tudo.
Acabou! E hoje estou aqui meio perdida, pensando em tudo isso. Pensando em amar de novo e em fazer tudo diferente, mas sem saber como fazer.
Só lavei o rosto que ainda estava salgado, refiz minha lista de felicidade e estou seguindo, tentando me permitir. E às vezes vejo o meu céu mais azul e em outras parece que vai dar tudo errado.. Mas e daí? Estou tentando sempre o melhor e tem me feito tão bem, deve ser isso, então, viver.
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