Escolho você todos os dias...

Essa não é a vida que eu queria, mas sem sombra de duvidas é a vida que eu escolhi... E por que?.
A vida e o amor te colocam contra a parede e você tem que decidir, cedo ou tarde de qualquer maneira vai ter que decidir... E eu escolhi você. Com todos os defeitos e dificuldades de convivência, com toda a sua teimosia e manias. Não pense que eu precisava disso. Na verdade eu precisava viajar, ter um amor lindo e mágico a cada mês... e com isso escrever, escrever e escrever... A cada novo amor, a cada nova decepção que eu forjasse  ou a cada cidade nova que eu chegasse. Era disso que eu necessitava. Não de você.
Você eu escolhi. Loucamente, contra todos os meus sonhos de liberdade. Escolhi. Decidi ficar e construir uma casa, plantar uma arvore, ter um filho e, quem sabe, se desse tempo entre fazer o seu almoço, levar a criança pro colégio, limpar o cocô do cachorro e ter uma vida profissional... Quem sabe! No meio de tudo isso eu escrevesse um livro.
Não sei por que fiz essa escolha tão maluca! Não sei por que não consigo mais escrever, não sei como consigo ficar ...Com todos os contras que existem na minha cabeça mais que maluca, mas é como dizem, "O amor tem razões que a própria razão desconhece"... E sem dúvida alguma o amor é a maior razão pra me fazer ainda estar aqui, somado ao seu sorriso, ao seu abraço e ao seu amor. Eu ainda poderia ir, mas ainda assim prefiro você.

"Nobody said it was easy..."



Um sonho bom...

Hoje eu acordei e não tinha mais quinze anos. Estava deitada numa cama grande, num quarto friozinho de ar condicionado. E pensei "onde eu estou?", como foi que o tempo passou assim tão rápido? Do meu lado havia um lindo homem que estava acordando.. Ele sorriu, me abraçou e fechou os olhos novamente se aconchegando mais um pouco. Foi bom.
Olhei ao redor, tinham porta retratos por toda a parede, Paris, Jericoacoara, Cumbuco, Rio de Janeiro, Porto de Galinhas, Brasília.... Fotos de infância, minhas e daquele estranho. O azul do quarto me transmitia uma paz que parecia que ia durar eternamente enquanto eu pudesse permanecer naquele abraço.
O bipe do celular tocou, ele abriu os olhos novamente e me beijou sorrindo, levantou da cama e entrou em outro compartimento que parecia ser o banheiro... Tudo estava muito silencioso, a pouca luz que entrava no quarto tornava a cena ainda mais bonita, mas como eu tinha chegado alí?
Levantei na ponta dos pés e fui até a cozinha preparar um café, de maneira quase mecânica, quando de repente eu sinto aquelas mãozinhas pequenas abraçarem minha perna dizendo docemente "bom dia mamãe!"... Da área ouvi um latido rouco, era um cachorro velhinho, gordo e com uma carinha de cansado. Eu não tinha a mínima ideia de como a minha vida tinha chegado naquele ponto. Será que eu tinha viajado muito? Ou escrito livros maravilhosos? Mas sabe nada daquilo que eu lembra parecia fazer mais sentido do que a cena que eu estava vivendo naquela manhã confusa. Então, não importava mais o que tinha acontecido, como eu tinha chegado, apenas sentia que estava no lugar certo.


 
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