Cabeça-coração



Tenho planos, sinto saudade, sem medo de partir, mas sempre com uma enorme vontade de voltar. Sou loucura e a sanidade. Algumas coisas se perderam de mim, mas outras eu sei que vão ficar.


O vento que bate a janela agora e sol que queimou minha pele outrora, aquele professor do segundo ano, aquele amigo que se perdeu não sei quando, todos pequenos pedaços de mim. Uma colcha de retalhos de contradição numa metamorfose sem fim.

Uma vontade de voar o tempo inteiro batida com pedido de colo e proteção, uma cabeça que pensa ligeiro, no mesmo ritmo do meu coração.

O que eu espero desse amor...


Acabe de ler um texto de José Rodriques, que fala que "o declínio do afeto começa no desprezo pelas coisas pequenas". É um texto superficial sobre o assunto, apenas sugere que o leitor pense nisso. E um paragrafo me fez pensar no que eu sinto, no que quero e no que espero do meu "Sim" mais verdadeiro.


    "Ainda é e sempre será importante não reprimir o impulso de falar com o outro sobre o brilho no olhar, sobre o sabor do beijo, sobre a sensação confortável de uma mão aquecendo a outra numa noite fria na volta pra casa ou sobre o prazer de dividir o cobertor no sofá em tarde de chuva."



Eu pareço infantil muitas vezes e até fico meio envergonhada com coisas que digo espontaneamente que geram olhares surpresos, desaprovadores ou até debochados. Coisas como mostrar minha tatuagem nova a quem quer que fosse, como se fosse um brinquedo novo que queria a muito tempo e enfim ganhei e quero mostrar ao mundo. Ou quando digo que gosto mais de cheiro de gente do que de perfume francês.  Eu digo o que sinto porque sou o que sinto. E muitas vezes pensei em tentar se diferente, mas daí eu lembrei de como as crianças são amáveis exatamente por dizerem o que estão pensando e sorrirem sem motivo aparente...
E é dessa mesma forma que levo meu relacionamento, que diferente de muitos, não é uma instituição ou empresa, é amor e companheirismo. Perfeito? Nada disso, porque se fosse, não seria real... Ao contrario do perfeito, é cheio de questões que são colocadas a mesa todos os dias. E assim tem sido a coisa melhor que eu já vivi. 

Então quando deito na minha redinha para sentir o vento da janela e escutar Belchior pra pensar na, vida, no que tenho feito hoje e no que ainda quero pra nós dois eu espero mudar de ideia todos os dias mas nunca mudar a essência do meu amor e admiração por ele.
Espero ficar velhinha e ainda fazer carinho com os pés. Dar rodadinhas e mandar beijos em frente ao carro enquanto meu amor espera eu sair da frente para estacionar o carro.. 
Espero dar bom dia com a mesma intensidade e sempre me atrasar 5 minutos se eu tiver que gastar esse tempo sentido seu cheiro de manhã antes de sair para o trabalho.
Espero nunca perder uma chance de dizer o quanto acho ele lindo e cheiroso e em como eu sou feliz por poder contar com ele. E fazer a mesma cara de criança que ganhou o melhor presente de natal quando ele diz: Vamos comer pizza Hut? 

E principalmente, espero conseguir sempre deixar vivo esse amor pelas pequenas coisas do dia a dia que são só nossas...


"Quero viajar no teu céu, pode ser no teu inferno. Viver a divina comédia humana onde nada é eterno..." Bel <3 div="">

Novo visual


Até que enfim consegui...




Por isso esperarei cada segundo sendo o mais feliz que posso ser...


Por que o que é pra ser nosso, ninguém tira!

Saudade nova

Em que espelho teu, sou eu que vou estar?
Ao te ver sorrindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nenhum adeus vai apagar....












mais uma de saudade!

Não passar em branco...

Eu gosto da saudade, de deixa-la por onde passo e de senti-la depois que passei. Ela é fria e dolorida, mas é também sorridente... Por que ela deixa um  sorrio de canto quando passa por mim, um sorrisinho agradecendo por ter vivido tudo.
Essa palavra  "saudade" só pode ser minha! Por que eu não sou muito de ficar... eu passo, e de alguma forma, só queria não passar. Ficar no cheiro de café cedinho, no frio que dá no pé de madrugada, no ô do Sol da Barra e nos pensamentos de "e se".
Quando dou um passo deixo algo e sempre algo de mim fica. Isso deve ser crescer. Essa partilha de você. E no final você vira uma colcha de retalhos de pedaços cada vez mais miúdos.
Lembro quando as vezes eu pensava "onde foi foi que eu me perdi?", só que hoje eu percebi que não foram perda apenas... "Eu deixo e recebo um tanto...", poque sempre que eu me perdi, alguém ou algo se perdeu em mim. Dei um passo a frente, mais forte, não importa se sorri, se chorei, se dormi, se bebi ou se cantei, a cada passo eu era um pouco mais de mim.
Daí eu escuto coisas de dor e saudade... coisar de marcar a vida de alguém, e mesmo que nada esteja acontecendo naquele momento, eu sinto, eu vivo aquela dor. Lembro, saúdo e muitas vezes até choro, dores minhas que já nem doem mais, dores dos outros que eu compreendo tão bem.
Hoje (e sempre) ouvindo Daniel Groove eu quis falar de saudade... e do bem que ela me faz. 




 
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